The Pothead Blues

poesia beatnik e pensamentos nihilistas

08 maio 2006

i feel free

geladeira beat vazia. só uma garrafa d´água. uns restos de melancia. melância. vesti minha roupa de outono paulistano (meu pijama de moleton beat) e desci a rua loureiro da cruz. para fazer compras ali no supermercado hirota. the cream escapando de dentro dos auriculares sonoros. psicodelia londrina. descendo a loureiro, assim na maciota, no pé ante pé, na batida lisérgica, desviando dos oldie coreans e das bostas de cachorro espalhados por toda a calçada.
...feel when i dance with you
we move like the sea
you, you're all i want to know
i feel free, i feel free, i feel free...
pêra, uva, maçã e banana. frutas sazonais. alface, lisa ou enrugada? pão light, iogurte light, queijo light, bolo light, suco light, sopa light, cocaine light pra minha vida hard, hardcore. um par de pilhas palito rayovac (aaa). aquela do robinho. para os auriculares semoventes continuarem rebimbando seu fog londrino no coração da cidade industrial.
...i can walk down the street, there's no one there
though the pavements are one huge crowd
i can drive down the road, my eyes don't see
though my mind wants to cry out loud
though my mind wants to cry out loud...
a véia empilha suas compras na frente da moça do caixa. e olha pra trás de relance, um olhar enviesado de desconfiança na fila. será que sou eu cantando alto? que seja. there´s no one there, além de mim e meu macaco.
tãnananananã, pãnanananã, tããã, panãã, aifiufri
preciso comprar um jornal. pra ler sobre o flamengo. preciso de comprar um jornal que traga notícias sobre o flamengo. preciso de trocar minhas figurinhas da copa do mundo. tenho três viducas e três porras. o goleiro da costa rica. preciso escrever a matéria logo. antes preciso decupar a fita. preciso aprender a mexer no novo bolg beat. preciso começar a pensar no futuro. preciso encontrar o heitor.
though my mind wants to cry out loud...

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