the beat happens

acordei num sonho bizarro. eu estava numa agência de viagens. fazendo uma espécie de pacote turístico para a califórnia e o méxico. san francisco, los angeles, big sur, até laredo, monterrey, ciudad de mexico. tipo jack kerouac na stella barros.
o tosco vendedor que fechava o pacote pra mim tinha o rosto todo enfaixado, apenas com o espaço para a vista de um olho escapar entre as bandagens e me olhar sem entender as minhas perguntas que eu de fato também não entendia. mas, por algum motivo david lynch, eu achava aquilo tudo mui natural, e nem me abalei.
já saía porta afora, para fazer não sei exatamente o quê, quando acordei com amy winehouse cantando baixinho no meu ouvido.
era o rádio relógio.
lembrei de lawrence ferlinghetti dia desses no jornal...
"você sabe, nos anos cinquenta ainda havia um país a ser mapeado. nós não sabíamos o que iríamos encontrar no final da estrada. hoje, tudo mudou. com a tevê não existe mais o desconhecido. tudo aquilo que é distante parece ter sido conspurcado."