the diamond as big as the ritz
o átrio do térreo do the double tree park esteve fechado por três, quatro dias. para uma ampla reforma. pintaram as paredes, meteram tábua corrida no piso e penduraram dois imponentes lustres palacianos.
de tal modo que agora, a cada vez que desço do elevador ou adentro meu residencial beatnik, eu me sinto um personagem de scott fitzgerald. te digo que me sinto um hispter neste mundo diáfano da aristocracia quatrocentona d´aclimação. bakana.
só lamento pelo velho brito. porque, nessa reforma, eles sumiram com um jackson pollock (curtes expressionismo abstrato?) que ficava ali dependurado na parede. sumiram com os tapetes nojentos feitos com pêlo de poodle branco que compunham o ambiente num toque sutil.
e aproveitaram para sumir também com o conjunto de sofás de couro embolorados, justamente onde o brito tirava sua soneka matinal, no intervalo de queimar dois ou três cigarrinhos galaxy.
o velho brito tem sido visto por aí, desde então, zanzando daqui prali, ar distante, olhar distante, maço de cigarros amassado, apertado na palma da mão. pigarreando como cachorro molhado. como um personagem de scott fitzgerald.
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