The Pothead Blues

poesia beatnik e pensamentos nihilistas

05 novembro 2009

jesus wants me for a sunbeam

o inverno aqui no décimo-segundo andar do the double tree park foi um tanto rigoroso. este meu novo apartamento beatnik é enclausurado pelas edificações ao redor. nunka bateu sol aqui, não no inverno. não nesses últimos cinco meses.
pois agora descubro que, nesta nova estação, o perpétuo movimento do sol ao redor da terra (ou seria o oposto?) fez com que o astro rei (que coisa mais gil!) descobrisse uma brecha, uma nesga, uma fresta entre os edifícios da grand ciudad... de modo que, enfim, deu lá um jeito de vir bater aqui no meu apartamento freakster.
um raio de sol, amarelinho e pleno de vida, ilumina minha sala e esquenta meu colchão nestas manhãs de early summer. tão amarelinho e pleno de vida, este novo raio de sol recém-revelado, que me faz fritar debaixo do lençol às seis e pouco da manhã - horário brazileiro de verão.
então abandono meu quarto junkie e venho aqui pra sala, me espichar aos pés de meu sofá hipster, deitando minha carçada suarenta nas (ainda) geladinhas lajotas do piso.
o doce raio de sol torra o couro do sofá entre as seis e quatro e as seis e dezessete da manhã, quando volta a se perder entre o concreto d'aclimação. é quando posso me levantar do chão e passar para cima de meu sofá amplo & aconchegante. para assim poder conciliar mais uns quinze, vinte minutos de soninho veranil.
andar de cuecas o dia inteiro. panza de fora.

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