The Pothead Blues

poesia beatnik e pensamentos nihilistas

19 dezembro 2006

a revolução

pois num dia desses... eu estava ali na aulinha de cinema conversando sobre antonioni e pasolini e tal... até que o assunto descambou. e entrou aquele papo de "nossa, como pôde esse aumento de noventa e um por cento?, que cara de pau e tal"... eu me meti na história assim: puxa, uma bala resolveria isso. talvez mais balas, mas uma única bala poderia resolver... dado o silêncio reticente que obtive como resposta, achei que seria viável elucidar meu pensamento, pois imaginem se alguém, um anônimo, um popular, um zé mané desse um tiro no aldo rebelo. pronto. assunto encerrado. quero ver fazerem outra dessas... mas aí um camarada esperto - sempre há um desses - mandou essa pra cima de mim: "então, porque você mesmo não atira?"... bueno, respondi, minha vida ainda não está perdida, como está a vida de muita gente por aí, mas quando ela estiver, eis algo a ser levado em conta.
desculpem. insisto no raciocínio.
te digo aqui que sou a favor da retomada da luta armada. da guerrilha urbana. acho que a politica brasileira só se resolve a tiro. e não adianta fazer pela metade, que nem a baiana da peixeira. tem que ser pra valer. tipo hezbollah.
- ah, mas resolve muito mais não votar neles, né? - se intromete a michelle, levantando uma questão deveras relevante.
resolveria não votar. se fosse o caso de manter alguns escrotos específicos fora de ação. mas, perceba, apenas nove deputados e quatro senadores se pronunciaram contra o aumento logo no primeiro momento. percebes? e sempre há de alguém votar no collor ou no maluf ou no róriz.
por isso, insisto, o ideal seria uma nova milícia. imagine... no mesmo final de semana, dão um tiro no acm em salvador, no suassuna no rio, no maluf em sp, no aldo rebelo em alagoas e no bornhausem em santa catarina. seria melhor que bin laden.
logo as pessoas comuns vão querer se alistar pra entrar nessa onda também. tipo fila pra virar homem bomba na palestina.
seria bacana. uma ação organizada multiestadual numa manhã de domingo. imagine... começam a pulular as noticias na internet. acertaram acm. acertaram paulo maluf. quando chegar às redações essa segunda notícia, vão perceber que não é acaso. não é coincidência. aí acertaram bornhausen e, em questão de minutos, ney suassuna foi levado às pressas prum hospital da barra da tijuca. chegam notícias de porto velho dando conta de que ivo cassol foi pego numa tocaia. começam os boatos mais fortes... renan calheiros liga pra lula, pra aliviar o presidente, negando que foi atingido. mas o collor sumiu, o jatinho que o levaria pra miami saiu dos radares.
bem legal.
pois, então, precisamos apenas de um líder carismático pra aglutinar as células terroristas... alguém com uma história pessoal firme e inatacável... alguém como um líder operário ou um intelectual de esquerda... quem sabe?

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