sebo
te diria que este calor de janeiro, no planalto central do brazil, é quase lívido e transparente. é quase ostensivo e pornográfico. o lago paranoá vai acabar. enquanto me afogo com a saliva que brota das glândulas esturricadas. para tossir em pinotes. na primeira página do jornal, letras garrafais alertam para a febre amarela. minha perna coça, picada de mosquito. te diria que posso sentir, neste momento mesmo, duas pequenas cascatas de suor brotando dentre meus cabelos grudentos e escorrendo por trás de cada uma das minhas orelhas. três banhos por dia. o sabonete palmolive já rachou.
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