The Pothead Blues

poesia beatnik e pensamentos nihilistas

19 setembro 2008

a cozinha maravilhosa do brito

o camarada pegou leve por um tempo. mas, esta semana, brito voltou a fumegar a todo vapor. emporcalhando todo o décimo-sexto andar do the double tree park com seus cheiros, seus fedores. aquele azedume de fritura, de gordura e outras nojuras que a velha brito aquece em seu fogareiro de bruxa, aquele fedor constante de gás a escapar para além do apartamento, empesteando os arredores como uma chernobyl de nossa alma, de nosso espírito. that keeps killing me slowly.
te digo que tento lutar contra a fedentina do casal brito. acendo incensos a tarde inteira. comprei uma cigarrilha holandesa das mais styles, para ir revezando com os incensos. quando a máquina de lavar está a funcionar, chega a ser uma beleza, me sinto morando num oásis de maciez e ternuras mil... o cheirinho de amaciante fofo ocupando todo meu apartamento beat - que é mui limpinho, apesar da vida desregrada deste inquilino.
aproveito as tardes friorentas d´aclimação e fecho todas as janelas, tomo banho com a porta do banheiro aberta, o vapor do chuveiro espalhando metrossexualmente aquele cheirinho bom de sabonete-de-amêndoas xampu-de-jojoba para todo o cafofo beat.
mas o fino aroma de berna beat dura pouco. num par de horas já está a velha brito a preparar nova refeição - e a exalar seu cheiro de podridão. just stop breathing. now.

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