The Pothead Blues

poesia beatnik e pensamentos nihilistas

18 junho 2009

the wrestler

meu i-tunes morreu. nunka funcionou lá muito bem. e agora murrió.
então tenho que escrever em silêncio. um minuto de silêncio em memória de meu falecido i-tunes. agora.
queria ouvir bruce springsteen. one trick pony in the field so happy'n' free. pra ficar bem tristão. porque às vezes bate aquele mood de ficar assim the sad bastard. escalar as cordas do ringue até o ponto mais alto. e deixar cair. like a song.
todo meu comput está assim, deixado à morrer. já não desligo mais a máquina, pois se desligada mais uma vez, pode muito bem não voltar a funcionar jamais. respiração artificial. e eu preciso dela, da máquina, desta máquina, como antigas civilizações precisavam de seus tótens, como um troubadour medieval precisava das cordas de tripa de cordeiro para sua viola. homens modernos precisam das máquinas. então apago o monitor e deixo o comput ligado nonstop.
seu ronronar metaliko constante. faz mais barulho que a minha geladeira. e sequer degela sozinho. se bem fosse frost free, at least. ou mesmo se curtisse robert frost.
fico sentado em meu sofá hispter manchado & guenzo, sentado vendo qualquer cousa a piscar na televisão. abaixo o som da tevê pra melhor ficar ouvindo o triste gemido da máquina. a ser tragada lentamente pra dentro do limbo.

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