back when i was paranoid
me lembro de quando era crianza. e frequentava o maristinha. dava cinco e pouco da tarde, o sol sumia, as nuvens apertavam, dava seis, a água caía como se tivesse marcado hora, só esperasse soar o sinal da escola. eu tinha que correr até o terreno baldio/ parking lot improvisado lá atrás do prédio, tomando chuva no lombo, chapinhando no barral, até pegar a kombi do senhor antero. sempre lotada de enlameados herdeirinhos do plano piloto.
les enfants de bourgeois.
mas agora percebo que não. me molhando na ventania que sopra em meu avarandado hipster, percebo que a encrenka não era comigo.
dá seis da tarde, às vezes um pouco antes, o céu desaba sobre a ciudad miserável. há quarenta e cinco dias seguidos. não, o troço todo não deve mesmo ser comigo.
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