the ventilator blues 2010
meu ventilador. olho pra ele e me enkanto. como pode ser tão belo e, ao mesmo tempo, ser assim tão prosaiko & humilde. com suas quatro hélices vigorosas, seu motorzinho electrico de macio ronronar, sua cabeza giratória, suas três diferentes e ajustáveis velocidades. como pode guardar em si os segredos da natureza, dos ventos cambiantes, da brisa acolhedora.
e ainda não ostentar seu poder, não chamar a atenção para o pequeno milagre que opera a cada verão. ou sequer interessar, por um instante que seja, qualquer meliante que derrubar a porta de meu apartamento beatnik disposto a levar daqui o que houver de mais valioso & raro. oh, ventilador. como seria insuportável viver longe de ti.
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