post-mortem
Acordar no frio da madrugada. Dolorido. Pensar na vida. Que estranha. Que bizarra a vida! Ei, vocês, o que estão fazendo aí? Parem de correr tão ferozmente rumo ao caixão. Por que não se debatem com a bizarria da vida? Vocês loucos, com seus empregos masoquistas e seus planos mirabolantes. De felicidades irrealizáveis. Seus pretensos amores eternos.
E o futuro? Madrugada úmida. Primeiros sons. De uma avalanche industrial. Tentar não pensar no futuro. Na sobrevivência. Sobrevida para quê? O futuro, o futuro! No futuro quero um balde. Sempre a meu lado. Para vomitar.
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