mauvais sang
cansado de tanto verde. da chapada diamantina pro lago paranoá. cruzando o agreste baiano até o cerrado goiano. tanto verde assim, fora da travessa de salada, deve até fazer mal. sinto falta da desnatureza d´aclimação. de seus muros pichados, de suas árvores cortadas, de suas calçadas regadas por bêbados e cachorrinhos de madama. roubaram o cinza de minha vista. meus pesados brônquios catarrentos sentem falta da tua fumaça de óleo diesel. meus surdos ouvidos cerumosos se calam na distância das britadeiras. tanto verde assim, alface rúcula e agrião, deve fazer um mal danado.
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