The Pothead Blues

poesia beatnik e pensamentos nihilistas

15 fevereiro 2008

anyone can play guitar

eu tenho um contrabaixo elétrico. quando eu era um magnata perdulário do jornalismo político brasiliense, queimei meu primeiro holerite num baixão ibañez e num amplificador fender do tamanho de um frigobar.
e também tinha (tenho) um pedal master fodão com fuzz e outras distorções thurston moore.
claro, eu nunca consegui tocar nadja. chegamos a fazer uns três ensaios, os giseles, com john pothead na guitarra e andré de garcia à bateria. um power trio tipo cream, tipo nirvana. mas garcia logo saiu da banda, porque ele tocava muito muito melhor do que seus colegas losers.
lembrei disso agora porque garcia, em sua carreira internacional, mandou aos brothers suas novas músicas lá de madrid. agora ele toca com pessoas que sabem tocar também.
e eu fico aqui puto com minha inabilidade e minha preguiça musicais. nem para tirar um blues eu sirvo. mas dia desses eu mando trazer lá do planalto o meu baixão beat e seu trovejante amp. para animar estas tardes bundas d´aclimação. the double tree park nunca mais será o mesmo. oh, no.

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