The Pothead Blues

poesia beatnik e pensamentos nihilistas

29 março 2008

the memphis blues again

a iminência da estrada me excita, me atrai, me seduz. arrumar o mochilão, separar ipobre. esvaziar a geladeira de cousas que crescem e dão frutos e dão fungos e criam raízes e apodrecem em duas semanas. separar the very drugs para o dia de viagem. filtro solar pro braço que vai ficar encostado na janela. um galão de água. mais um galão vazio pro mijão. uma grana preta pra gasolina. uns trocados pro pedágio, viva o alckmin. mais uma grana pros gentis oficiais da polícia rodoviária federal. não preciso de mapas. não precisamos de mapas. os mapas são para os que têm medo de se perder, para os que sempre tomam o caminho mais curto, para os que calculam as paradas a cada quatro horas, para os que querem chegar logo em casa. os mapas são muito bons para chegar. nem tão bons assim para viajar. just hit the road, jack. como fazia hunter. com fazem os ciganos, os nômades, os beduínos do deserto. como john wayne. como fazem os caubóis, os velhos pistoleiros, os homens procurados. como fazem os deserdados, os desertores, os beats. a velha estrada mítica de saint jean-louis lebris de kerouac.

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