the poetry as it happens when it happens
a guria, ainda aturdida, procurou o poeta.
estava afogueda, tropeçando nas palavras.
nem disse bom dia.
te digo que custei a entender sobre o que se referia...
- você já comeu do congelado? eu acho que vai me dar é dordebarriga.
- barriga?
- acho que o cookie vai me dar uma dordebarriga.
- pode ser. nunca congelei um cookie pra comer después.
- dordebarrigadasbrabas.
- pode ser mesmo. eis o risco do jogo, once ya take the drugs.
- a guria diz: cookie xenical.
- e o poeta diria que, pra ele, um cookie xenical não seria tão mal...
- me too. tô precisando. sabe como é... uns cinco quilinhos.
- que nada. tu fica gostosa com os cinco quilos extras.
- não quero ser gostosa.
- rabão.
- rapá... olha como fala... não tem mulher melancia aqui não.
- coxão, rabão, vou metendo a mão.
- quê? comeu cookie estragado?
- eu curto a sutileza do flerte, tu não?
- tu é o poeta, mas eu não sou a guria, não.
- ah. então não curtiu the dialogue?
- qual dialogue? não li, não...
- pois deveria ler mais o TPB.
- mas qual diálogo? este aqui mesmo? o diálogo do rabão? duvido que você publique este aqui... duvido.
- por que? acha lírico em demasia?
- pago quarenta mangos. aqueles quarenta que voaram.
- boa. me botou pilha.
- bom... vamos ver tu mostrar a finesse.
- bueno. vai entrar agorinha mesmo. aguenta dez minutos que já sai.
- ha. será o primeiro diálogo true, verídico, da história da guria e do poeta. o resto é tudo fake.
- tu que pensas, guria, tu que pensas.
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