entregues à execração pública
dois nomes a serem guardados:
eros grau & josé antonio toffoli.
porque, esta noite, os juizes do supremo tribunal federal se reuniram para decidir sobre um habeas corpus em nome de josé roberto arruda.
a egrégia corte da republika, sabemos, é composta por onze magistrados. entre eles, estão esses dois citados senhores.
josé antonio toffoli, das dez excelências presentes na sessão desta noite, foi o único a ter aa petulância de votar em favor da liberdade para arruda. toffoli é novato na corte, foi indicado há pouco pelo presidente luiz inacio lula da silva. tem quarenta e poucos anos. pelo que entendi, daqui a muitos anos, josé antonio toffoli deve se aposentar com o salário de juiz do supremo. ou seja: um camarada desse naipe, que vota a favor de arruda, será (muito muito muito) bem sustentado pelo erário (por você e por mim) pelas próximas três, quatro décadas.
eros grau é um sujeito ainda mais execrável. ele foi o único ausente da sessão. simplesmente não apareceu no trabalho esta noite. gazeteou. me pergunto aqui o que um juiz do supremo poderia ter a fazer de mais importante do que julgar o caso de um governador pego roubando. a única desculpa que me ocorre seria a de eros grau estar incomunicável em seu leito de morte. mas, até onde eu sei, não é o caso. ele está até bem vivo e, há coisa de um par de anos, lançou um livro de prosa erotika pela editora companhia das letras, uma das maiores do país. pouca gente conhece o dote literário de eros graus, o erotismo de eros grau. aliás, muito pouca gente conhece eros graus.
e este é justamente um dos motivos deste país atolar em sua própria m*rda.
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