arthur lee e a pomba gira
primeiro foi syd barrett. agora é arthur lee.
nosso segundo herói psicodélico a bater as botas em menos de um mês.
o genial camarada por detrás do love, uma das mais imponentes e impressionantes bandas californianas dos anos sessenta, iniciou sua carreira artística como michê. fazia seu trottoir pelas ruas de west hollywood enquanto tentava uma carreira diurna como músico de estúdio.
dizem que chegou a tocar junto de jimi hendrix, lá por 1963, 1964, quando eles eram apenas dois schizo desconhecidos. dizem que eles iam pra farra juntos e aprontavam mil em los angeles. dizem que acabaram se separando pela fama brutal do jimi e pelos caminhos tortos de lee. diziam muito sobre arthur lee.
ele chegou a puxar uma cana braba, por pote de maconha (oh) e ácido lisérgico (bah), além de afetar uma atuação obscena diante dos respeitáveis cops (o sacana) que vieram fazer o serviço. acabou puxando um tempo num manicômio judiciário.
tipo de aventura que o afastou deveras do love, banda que criou em 1965 e que tem três discos que tu mereces ouvir - love, da capo e forever changes - todos registrados durante as pirações de mister lee.
depois desses três álbuns, ele cairia fora e ficaria walkin on the wild side pelo resto da vida. em 1995, o tiozinho lee (então com redondos cinquenta anos) foi preso uma vez mais. por ter ateado fogo no apartamento de uma ex namorada. enfim, cousas que acontecem nesses relacionamentos.
ao lado de arnaldo baptista, roky erickson, brian wilson e syd barrett, o camarada arthur lee é fundador e sócio honorário do clubinho dos seqüelados pelo ácido lisérgico.
em homenagem a arthur lee, um blues, man.
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