the very twilight zone
nove e meia da noite na cidade de são paulo. esperando aqui o metrô sentido imigrantes. para atravessar a paulista avenue subterraneamente e poder emergir na estação vergueiro. o trem entra rasgando a estação sumaré. abrem as portas. não acredito no que vejo. ali diante de mim. em plena noite de sábado paulistana. the paulistana night. de tão espantado, só saio do lugar quando apita a sirene avisando que as portas já vão fechar. assim que entro, elas se fecham às minhas costas. ainda não acredito. (ai, que pôrra.) o trem parte num arranco que me lança ao chão. caio de joelhos. dali daquela posição tenho de vez a confirmação absurda...
o vagão
(inteiro)
o vagão
(todo o vagão)
está...
assim...
completamente...
vazio...
vazio.
VAZIO!
no one. ninguém. não há pessoa no vagão.
só eu. no vagão sozinho do metrô de são paulo.
sozinho quando as portas se fecham.
sozinho quando o trem arranca sobre os trilhos.
nunca me senti tão tão sozinho. tão vazio.
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