cão sem dono
atravessando a rua augusta, indo para o cinema naquela friaca de três da tarde, longe da faixa de pedestres, driblando buzinas e escapamentos, mirei a calçada do lado oposto e segui reto, sem me importar, nem por um momento, em olhar pra esquerda, pra direita, sem me preocupar em olhar, me sentindo estranhamente febrilmente inexplicavelmente seguro e tranqüilo, me sentindo em casa.
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