o absurdo ao alcance das mãos
passar o dia a vadiar. uma hora, duas horas. muitas horas perdidas. unidades de tempo, como diria o will freeman. uma unidade de tempo para ir ao banco, ao supermercado. duas unidades de tempo para o almoço. duas para winning eleven. mais uma unidade de tempo diante da tevê. uma unidade de tempo para escrever besteiras, ler os blogues, fazer poesia beat readymade pra ti. três, quatro horas perdidas. mais uma manhã inteira, acordando cedo, mais uma tarde inteira, sem nem cochilar depois do almoço. fumar um cigarrillo na varanda e ver o tempo passar na velocidade das tuas nuvens cinzentas de fuligem e chuva. a caixinha de música do caminhão do gás. mais uma unidade de tempo. tomar banho, cortar as unhas, fazer a barba, limpar os ouvidos, escovar os dentes talvez. até a noite chegar. mais um dia perdido. amanhã tem outro. e depois tem mais.
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