The Pothead Blues

poesia beatnik e pensamentos nihilistas

20 junho 2008

Buried alive

Já vi muitos lugares bonitos. Aqueles. Que conhecemos nas viagens. O Nordeste. A Europa. Mas, faz anos, só vejo os prédios de fora. E o escritório. Do lado de dentro. Os computadores e a gente de escritórios. Os verdes. Os de manchas e marcas na pele. Verrugas, estrias, caspa. Os de gravata. As de tailleur. Digo sempre assim: não, eu não sou um de vocês. Eu sou diferente. Eu grito. Esperneio. E cuspo. Mas eles nem dão bola. Dão risadas de dentição amarela. Como se eu pudesse escapar. At least. At least. At least eu terei money. Pra comprar o que mesmo?

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