The Pothead Blues

poesia beatnik e pensamentos nihilistas

23 maio 2009

a nuvem espessa do décimo-sexto andar

em tempo... notícias da vida real no double tree park.
não sei se a mulher do brito voltou de viagem, não posso dizer, ainda não a vi.
o certo é que o cheirinho rançoso do almoço de brito voltou a empestear o décimo-sexto andar de nosso pakato residencial.
hoje fui almoçar na rua, na sempre agradável e lisérgica companhia de john pothead, então por sorte eu não estava aqui quando a fedentina se espalhou forte e começou a esturricar as portas dos apartamentos, a rachar as paredes do prédio e a engordurar o teto deste andar.
mas o ar ainda estava bem carregado e o teto ainda pingava bastante quando, horas después, retornei a meu cafofo beat. tive de abrir todas as janelas do exíguo apartamento, tive de me abrigar na varanda hipster, onde pude reavivar os alvéolos pulmonares graças à adorável fuligem do outono paulistano.
te digo... ou a velhinha do brito voltou com toda a força da viagem e fez uma peixada de sábado daquelas de levantar defunto, ou então o velho brito pegou pra si o livro de receitas da ana maria braga e começou a dar fim para os restos mortais de sua senhora.
(são sete e pouco da noite, agora que te eskrevo, e the double tree park ainda fede consideravelmente)

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