The Pothead Blues

poesia beatnik e pensamentos nihilistas

14 setembro 2009

mauvais sang

eu às vezes sangro
sem nem sentir
dum furinho que trago às costas
indolor
ensopo minha camiseta azul manchada de água sanitária
manchada de sangue grosso e doce
enquanto assisto à mesa-redonda de futebol na tevê
já manchei meu sofá beat
ao cochilar
manchei todo o sofá beat com o sangue hipster de minhas costas
quentes
deu um trabalho danado
pra dona maria rosa apagar
no dia seguinte
as marcas do sangue derramado pela casa

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