mormaço de inverno
e eu fico aqui sentando diante da minha mesa. o computador faz um barulho do cacete, tipo uma enceradeira ligada. uma pilha balouçante de cds e livros sobre a mesa. um copo de requeijão com traços de vodca no fundo, uma vespa voando a seu redor. as contas a pagar com suas datas de vencimento assinaladas em negrito. espio as contas daqui. elas me espiam de lá. preferia gastar minha grana no balneário vison. os encargos de pagamento efetuados após o vencimento serão cobrado (sic) na proxima (sic) fatura. a única cousa certa na vida é a próxima fatura. ela sempre chega, depois que aprende o caminho. nunca vi uma conta perdida, como uma guria, por ter-lhe faltado o caminho. e sempre há a segunda via.
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