The Pothead Blues

poesia beatnik e pensamentos nihilistas

28 março 2009

das liberdades civis

prenderam aquela perua da daslu dia desses, depois mandaram soltar.
e prenderam os bacanas da camargo correa, depois mandaram soltar.
...mas por que ainda se esforçam pra prender esse tipo de gente?

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26 março 2009

sombra

Existe uma sombra que acolhe meu corpo
e o mar que desperta meus sentidos.
A alma que me deram
mora nos olhos fundos da minha amada
e nesta baía onde uma baleia agoniza.
As palavras que procuro
passam pela boca de outros poetas
pela cabeça de outros loucos
pelo deserto do teu coração.
(eudoro augusto)

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19 março 2009

the poetry as the essential nudity

- me diz, guria, então tu curtes poesia?
- por que me pergunta isso?
- sou poeta.
- que poeta?
- sou o poeta do meio-dia.
- chegou cedo então...
- te digo ser necessário estar sempre desperto & esperto para quando a poesia nos bater.
- ah, mas o poeta vive no mundo dos sonhos...
- mesmo os sonhos são reais.
- sonho real... é apenas aquele em que se sonha a mais de um.
- exato. e não é isso que a poesia permite?
- mesmo assim... por que poeta do meio-dia? e por que não é poeta da meia-noite? a noite nos traz mais melancolia... e mais inspiração... os poetas são seres das madrugadas...
- verdade, guria, eu já o fui assim também. quando era mais novo e menos sensato. verdade que já fui o poeta da boemia. mas hoje mais me enkanta uma poesia solar, percebes? a noite abriga paixões e sentimentos mil. mas é de dia que as cousas se revelam como são. cores e formas e gestos. e o sol do meio-dia não faz sombra.
- faz sombra apenas no pé e nos ilude. achamos que já não há mais sombra alguma.
- prefiro fazer amor à luz do que à sombra.
- eu nem havia falado de amor ainda. gosto de fazer amor a qualquer hora... de qualquer jeito... desde que com a pessoa certa para minha poesia...
- tu gostas de se sentires nua no ato do amor?
- se é amor... temos que estar desnudos... nus de tudo... nus de preconceitos... e nus de tudo o mais... se é amor...
- guria, então me deixe te ver nua.

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16 março 2009

surf adventures

"Obama tem clareza do tamanho da crise"
disse lula, o homem da marolinha

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14 março 2009

the living theatre

- abandonei de vez o teatro.
- como assim?, eu ainda quis saber.
- porque não estava mais fazendo sentindo pra mim, eu não estava conseguindo mais fazer as cenas, sabe? perdi a inspiração.
- ah. sei como é... tolice.
- não é tolice. por que diz isso?
- tolice tua. não se pode descartar um troço assim no mais.
- como assim?
- tu não pode simplesmente abandonar a arte. pode? deixar quieto simplesmente? desistir de buenas? dar às costas pra poesia? então agora me diz, guria... tu vai fazer o que o resto da vida? concursos?
- fazer algo que me preencha mais...
- como o quê?
- ...
- esta não é hora pra radicalismos.
- a decisão já está tomada...
- bueno. então foi.
- mas agora prometo repensar.
- ah. não, não. fui eu que já repensei. é melhor tu abandonar mesmo.

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12 março 2009

totalmente sem-noção*

o lula disse que vai falar sobre o álcool no encontro com o obama.
pô, eu achei meio pesado ele tocar nesse assunto.
os dois nem se conhecem, e lula já vai falar dum troço pessoal?

(*título do post em homenagem aos brothers do "joselitando")

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10 março 2009

high and dry

o ozônio da camada de ozônio, lá longe, é bom.
o ozônio fora da camada de ozônio, flutando aqui em baixo no ar que respiramos, é mau. entendido?
segundo o jornal de ontem, vou morrer por overdose de ozônio. uh.
foi uma medição que fizeram no centro da grand ciudad.
assim: "a queima de combustíveis dos carros produz gases cujas moléculas são quebradas pelo sol, formando o ozônio. a exposição prolongada a ele ataca a saúde".
e vai daí que: "o ozônio se forma a partir de luminosidade. em áreas com muitos prédios, se acumula próximo dos andares mais altos".
a quantidade de ozônio no térreo de um prédio, então, foi medida em 22,89 microgramas/metros cúbicos. enquanto a quantidade de ozônio aqui no décimo-sexto andar do the double tree park seria de 47,83 microgramas/metros cúbicos. para tu teres uma ideia, o john pothead, no décimo-primeiro andar do the double tree park, tem que conviver com pouco menos de 41,23 microgramas/metros cúbicos de ozônio...
sentiu o drama?

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don´t eat stuff off the sidewalk

eu tenho três tipos básicos de bermudas. tenho a bermuda de andar pelas ruas, que é a bermuda que vai pra jogo, que eu uso pra bater perna e tal. tenho também a bermuda de ficar em casa, para confortavelmente deitar no sofá e pronto. e tenho ainda a bermuda de ir pra balada e pegar mulher, a chamada "bermuda para modernizar". normalmente a mesma peça de roupa ocupa esses três status ao longo de sua trajetória de vida útil aqui em casa. ela começa como bermuda de night, chique, novinha. para chamar a atenção das gurias. depois de uns anos, essa mesma bermuda vira a bermuda de passar a tarde. e depois de mais uns anos, ela termina seus serviços gloriosamente: ficando tão somente em casa, de bobeirança, para ver o mengão na tevê.
te digo isso porque eu estava justamente usando uma dessas bermudas aposentadas, vendo flamengo x cabofriense no meu televisor beatnik, quando chegada a hora do intervalo da peleja, me levantei do sofá num átimo e, descrevendo com as pernas movimento similar ao do caubói quando apeia do cavalo, minha bermuda não se conteve e fez raaasg.
foi um estalo tão nítido e comprido que pensei, eu próprio, ter sofrido um rompimento de tendão estilo ronalducho. sorte minha ter sido apenas o som de minha bermuda pedindo arrego. minha estimada bermuda não aguentou a desenvoltura do gesto. mas ela já estava bem acabadinha, em verdade. o fecho ecler travara a meio caminho há uns anos e nunca mais subira, nem descera o resto de seu trajeto. nos fundilhos, um rasgão à altura do fiofó já denunciava o uso excessivo do tecido. e o aspecto geral do troço, que um dia fora azul indigo, já mais parecia um pano puído. a esse estado de coisas, acrescente-se o novo rasgão que eu acabara de provocar. desta vez, foi um rago na parte da frente, no crotch, um rasgão que praticamente transformava o caminho do fecho ecler e aquele primeiro rasgo na bunda num único acidente geográfico, de fora a fora.
em silêncio, tirei a bermuda, verifiquei o seu estado terminal e dediquei à andrajosa vestimenta sua mortalha final: um saco plástico amarelo do supermercado dany. dobrei a bermuda ali dentro e deixei o saco na lixeira, do lado de fora dos tambores de lixo, na qualidade de peça de roupa a ser descartada, consoante estabelece o regulamento do the double tree park em uma carta de instruções emoldurada e dependurada no interior da própria lixeira.
no entanto, já fiz isso sabendo que a embalagem não resistiria à sanha de brito, meu vizinho.
no dia seguinte, pela manhã, quando fui me livrar dos excessos produzidos ao longo da noite, abri a porta da lixeira e bem me pareceu que uma matilha de coyotes passara por ali. as tampas das duas latas de lixo estavam abertas e, no chão, minha ex-bermuda estava exposta, jogada no canto. o tecido azul vazava de dentro do saco amarelo de supemercado como as tripas da carniça de uma hiena recém-abatida.
o brito, como eu imaginara, nem se deu ao trabalho de desfazer o laço que eu dera com as alças da sacola de plástico. como um leão selvagem da safra africana, ele rasgou o saco, viu o que era - apenas andrajos do vizinho beat - e o atirou no chão num menear de cabeça, para que a presa já abatida seja devorada mais tarde, por pequenos e menos afortunados predadores.
sabia que o brito não ia querer minha ex-bermuda. minha bunda é grande demais pra ele. talvez aproveitasse a fazenda pra fazer um blazer, já não estivesse tão puída.
como brito não a quis, talvez minha ex-bermuda acabe servindo para gêmeos xifópagos flagelados de santa catarina.

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anjos da noite

"Have you ever seen a one trick pony in the field so happy and free?
If you've ever seen a one trick pony, then you've seen me
Have you ever seen a one-legged dog making its way down the street?
If you've ever seen a one-legged dog, then you've seen me"
(bruce springsteen, the wrestler)
hoje, às 22h, no 'anjos da noite', pela cultura fm do distrito federal.
http://www.movimentocalango.com.br/radiocultura.asp
o 'anjos da noite' é mais um truque dos pôneis do TPB

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09 março 2009

sarau, recital & tal

- me diz, guria, tu conheces o bairro paulistano da aclimação?
- ah. acho que conheço de nome... é um bairro nobre, né?
- nã. na verdade é um bairro meio tosques. mas é um bairro beatnik, se tu me entendes.
- como assim?
- um bairro off beat, percebes? um bairro de pessoas mais ligadas em arte e cultura e em espirtualidade e tal. um bairro de efervescente vida artística e cultural.
- puxa. que bom. então rola balada na aclimação?
- nã, guria. a aclimação de noite é uma derrota...
- derrota?
- verdade. depois das onze nem telepizza funziona.
- e mesmo assim é um bairro "efervescente"?
- claro. é um bairro onde moram poetas, atores, essa galera ligada em lisergia, até mesmo jornalistas bem descolados.
- e você é artista?
- não. eu sou poeta.
- sério?
- sou o poeta d´aclimação... tu nunca ouviu falar de mim?
- não, me desculpe. é que eu não acompanho muito a poesia contemporânea, estou muito desatualizada. não frequento a casa das rosas, a feirinha do masp... não vou a sarau nem a recital.
- eu também não vou, não.
- não vai?
- eu, não. acho p*ta chato um bando de poeta junto.
- pensei que você gostassse de poesia... não se apresenta como poeta?
- é que sou um poeta de transgressão, percebes?

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08 março 2009

the refrigerator blues

os sujeitos ainda encontraram dois pedaços de cookie de chocolate, metidos num saco plástico de supermercado, perdido nas gélidas profundezas do refrigerador beat. john pothead, cabeção, mandou um bicoito pra dentro mesmo congelado. estava em cold turkey. não fez efeito, ou assim lhe pareceu. mas este segundo cookie, kamarada teve a ideia de meter num recipiente refratário, e mandar pro forno. quando aquele indisfarçável cheirinho doce de hierba au chocolat ocupou minha sala hipster, chegamos à conclusão de que seria um gesto lúcido aproveitar o cookie ainda quentinho e fumegante. os meses de hibernação frigorífica, te digo, não fizeram bem ao paladar. isso deu pra notar na hora. até mesmo pela textura amolecida do biskoitinho kaseiro. no entanto, os sujeitos só perceberam que as propriedades estupefacientes do cookie ainda batiam em suas moléculas farináceas quando foram dar um rolê guerreiro na padaria madame. já no final da tarde. os dois beats d´aclimação ficaram por ali, a apreciar a paisagem urbana, a apreciar o átrio recém-reinagurado do residencial the double tree park, a apreciar a doce brisa de fim de verão, a apreciar a noite da grand ciudad que então despontava feérica para além de meu avarandado avant-garde. a apreciar a poesia urbana ahora revelada.

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pequeno almoço

cansei de ser pobre. hoje de manhã, domingão de fornalha n´aclimação, resolvi me permitir uma inovação no café-da-manhã. um risco calculado. cansei do balcão da padaria madame, de ficar ali de pé, aguentando os resmungos do gentil. então, em vez de tomar o rumo da pires da mota, desci a rua loureiro da cruz até a padaria mais chique destas paragens. a padaria bienal dos pães. pra tu teres uma ideia, a última vez que estive na bienal (perceba as implicações deste nome) foi acompanhado de nosso brother andré de garcia e seus colegas popstars gringos da banda kill karma. oh, a bienal dos pães é mesmo conhecida por sua seleta clientela internacional.
atravessei o salão climatizado da bienal dos pães e fui me refugiar, como sempre faço, na última mesa, encostada à janela. ali no fundão, eu tenho visão de periscópio sobre tudo que se passa no salão, não sou surpreendido por garçons de balouçante bandeja nas mãos ou por infantes criados à solta. me sentei ali no fundão e aproveitei para apreciar o clima na bienal. ainda eram oito da manhã. os jovens casais, com bebês empurrados em carrinhos, ainda não tinham chegado para o desjejum continental - mais bacon, salsicha e omeletes.
a padaria quase vazia. a não ser, aqui na mesa da minha frente, por quatro amigas orientais que falavam alto num idioma, idioma que me soava como se fosse transcrito de trás pra frente pulando as vogais anasaladas. japonês? coreano? chinês? te digo que nunca sei ao certo. mas achei muito doido quando as japinhas se puseram de pé, de uma vez só, como se atendessem a uma ordem de comando, dando a refeição por encerrada e se encaminhando ordeiramente até o caixa.
foi quando notei que as quatro vestiam exatamente a mesma roupa. um vestidinho tricolor listrado em branco-verde-laranja, que descia até os joelhos, uma blusinha cinza por debaixo do vestido, blusinha justa, revelando discretamente a tez pálida em decotes sutis, e sapatos escuros fechados, te diria até formais demais pruma manhã de domingo. os quatro cabelos presos em quatro invariáveis rabos de cavalo. seria esse o novo look da coleção yamamoto para o verão de tokio? seriam elas quatro irmãs em uniforme colegial? a se julgar pela idade, vinte e tantos anos, vinte e poucos uma delas, o uniforme colegial seria mesmo puro fetiche oriental. bateu uma tesão. estariam as japinhas tomando rumo de um novo balneário d´aclimação? um balneário que abre nas manhãs de domingo? um balneário de temática oriental?
o certo é que nunca veria essas quatro japinhas na padaria madame.
é nestas horas, te digo aqui, que me falta a presença de espírito de deixar tudo pra trás, deixar a garçonete ali de pé, parada, esperando meu pedido, para ir atrás dessas gurias. simplesmente pagar pra ver. como charlie harper. como george constanza. apostar na sorte. mas sou b*ndão. peço uma xícara de café e um misto quente. ainda ali sentado, no fundo do salão da bienal dos pães, pude ver as quatro japinhas risonhas entrarem uniformizadas em uma veraneio escura de vidros blindados, uma veraneio de quatro portas, uma japinha a entrar por cada uma das portas, uma veraneio que ligeiro tomou rumo deconhecido. quiçá o rumo da liberdade.

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06 março 2009

realpolitik

"A gente sempre comete excessos. Outro dia assisti no cinema ao filme ‘O Curioso Caso de Benjamin Button’, com o Brad Pitt. E pensei: Como seria bom se a gente nascesse mais velho, com experiência, e fosse regredindo em idade. Seria uma maravilha. A vida real, infelizmente, não é assim. Então, à medida que o tempo vai passando, a gente vai ganhando experiência com base nos tropeços, nos percalços. "
(fernando collor de mello, presidente da comissão de infraestrutura do senado federal)

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05 março 2009

pedalinho

oh, a tenra idade!
a noite cai na grand ciudad
e crianças põem-se a brincar
na piscina do the double tree park
é quando banho-me cá nas túrgidas águas
de minh´infância
o pequeno berna a flutuar em minha memória
como peixe-boi
na piscina do clube da imprensa
a murretar num átimo de violência
a água mijada de minh´infância

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03 março 2009

too much emotion in a so small world

foi quando a guria suspendeu seu gesto no espaço
e, afogueda, me perguntou:
tá faltando emoção né? na arte não pode faltar emoção...
verdade, lhe respondi,
parte do teu trabalho é encontrar a emossão. agora me mostre a emossão. vamos.
mas antes coloquei tanta emoção que fiquei desgastada depois.
onde tu encontrastes a emossão? me diz, onde estava a emossão?
só agora que eu tô me encontrando, tô me empolgando,
demorou pra mim entrar na coisa.
mim entrar onde, pequena?

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the poetry as the only ambition left

- olá, guria. me diz... tu curtes poesia?
- adoro poesia...
- que bacana. te fiz essa pergunta por que sou poeta.
- poeta? mesmo?
- sou poeta beatnik. me diz... tu curtes poesia marginal?
- não estou bem certa do que seja isso.
- me refiro à poesia urbana que...
- você fez o curso de letras?
- não... letras, por quê? sou poeta. não sou professor.
- mas em que você trabalha?
- trabalho com a minha poesia.
- e além da poesia?
- além??
- a poesia dá dinheiro?
- bueno. assim nesse sentido que tu dizes, não me dá dinheiro algum.
- você não tem um emprego?
- emprego, tu dizes, emprego emprego?
- como você se mantém se não tem um emprego?
- vivo da mão para a boca.
- explique...
- sabe aquele lance de comprar uma casa, ter um carro bacana, comprar belos móveis e pagar as prestações para uma tevê grandona e tal? sabe casar e ter filhos em bons colégios e planos de saúde para família inteira com visitas semestrais ao dentista?
- sei...
- então. não faço nada disso
- como você faz?
- como te disse, vivo da mão para a boca
- então você não é ambicioso?
- ah. isso eu sou. eu sou extremamente ambicioso
- então?
- minha ambição é minha poesia.
- digo ambicioso por melhorar na vida
- exato. este é o ponto: minha poesia é minha vida
- ah. que bom para você...

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anjos da noite

- me diz, guria, tu curtes la revolución?
a revolução permanente do jazz cubano
hoje, às 22h, no 'anjos da noite', pela cultura fm do distrito federal.
http://www.movimentocalango.com.br/radiocultura.asp
o 'anjos da noite' é mais uma luta dos guerrilheiros do TPB

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cantinho lírico

"Nada vai me fazer desistir do amor
Nada vai me fazer desistir de voltar
Todo dia pro seu calor
Nada vai me levar do amor..."
(jorge vercilo)

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01 março 2009

the diamond as big as the ritz

o átrio do térreo do the double tree park esteve fechado por três, quatro dias. para uma ampla reforma. pintaram as paredes, meteram tábua corrida no piso e penduraram dois imponentes lustres palacianos.
de tal modo que agora, a cada vez que desço do elevador ou adentro meu residencial beatnik, eu me sinto um personagem de scott fitzgerald. te digo que me sinto um hispter neste mundo diáfano da aristocracia quatrocentona d´aclimação. bakana.
só lamento pelo velho brito. porque, nessa reforma, eles sumiram com um jackson pollock (curtes expressionismo abstrato?) que ficava ali dependurado na parede. sumiram com os tapetes nojentos feitos com pêlo de poodle branco que compunham o ambiente num toque sutil.
e aproveitaram para sumir também com o conjunto de sofás de couro embolorados, justamente onde o brito tirava sua soneka matinal, no intervalo de queimar dois ou três cigarrinhos galaxy.
o velho brito tem sido visto por aí, desde então, zanzando daqui prali, ar distante, olhar distante, maço de cigarros amassado, apertado na palma da mão. pigarreando como cachorro molhado. como um personagem de scott fitzgerald.

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número um? número dois? ou número três?

the breaking news do desfile das campeãs no carnaval do rio...
"O ator Dado Dolabella foi expulso do camarote da Brahma na Marquês de Sapucaí, na noite de sábado. Dado entrou no banheiro próximo à pista de dança e foi flagrado pelos seguranças consumindo substâncias ilícitas. 'Nossos fiscais o convidaram a se retirar, e ele saiu sem problemas', detalha a assessoria do camarote."

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forno fogo brando

nove em ponto da manhã n´aclimação
o relógio da pires da mota marca 32 graus
a ideia deve ser chegar a 60 antes do meio-dia

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